quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Tráfico de crianças na África do Sul

publicado em 13/10/2011 às 17h38

Drogas, prostituição e magia negra são os principais motivos que alimentam a prática criminosa no país

Colaboração de Marcia Pires
redacao@arcauniversal.com


O site iolnews.co.za noticia mais uma historia de trafico de crianças, essa com final feliz.
O bebe Ovayo, de 1 ano e 9 meses, foi vendido pela própria avó materna por um valor equivalente a R$ 90,00 a uma mulher suspeita de envolvimento no tráfico de crianças, em Khayelitsha, cidade do Cabo.
A polícia conseguiu recuperar a criança e deter a suspeita devido a uma denúncia anônima. A avó da criança, bem como a suspeita, estão detidas e serão julgadas por sequestro e eventual tráfico infantil.
A mãe, Asiphe, acredita que a criança seria usada para fins de magia negra – uma das aplicações mais evidentes no tráfico de crianças em todo o Continente Africano.
O crime organizado, operado por sindicatos bem estruturados, é identificado em Pretória, Port Elizabeth, Johannesburgo e Bloemfontein, e visa órfãos deixados pela pandemia da aids que afeta o continente.
Esses sindicatos recrutam ou sequestram meninas de 8 a 16 anos de idade para serem exploradas sexualmente; e meninos para trabalhos forçados e também para serem camelos (no transporte de drogas e outros produtos ilícitos), além de servirem em fazendas sem remuneração e alimentação adequada.
As várias formas de exploração identificadas são para prostituição, pornografia, casamentos forçados, escravidão doméstica, trabalhos forcados, pedintes de dinheiro, uso de órgãos para fins de bruxaria, venda de órgãos humanos e atividades criminosas como tráfico de drogas.
Departamentos governamentais estimam que haja 30 mil crianças em prostituição, 264 mil em trabalhos forçados, uma indústria lucrativa de R 70 bilhões (R$ 22 bilhões) ao ano. E cerca de 40 mil pessoas cruzam as fronteiras vitimadas pelo tráfico.
Essas pessoas são levadas das áreas rurais e de países com índices de pobreza elevados. Estima-se que uma criança no Malaui pode ser comprada pelo equivalente a R$ 5,00; uma mulher Moçambicana pode custar de R$ 145 a R$ 250. Essa mesma mulher terá que servir a 15 clientes por dia, trabalhando ainda que doente ou gestante.
A única forma viável de minimizar o tráfico humano, que escraviza 27 milhões de pessoas mundialmente, é divulgar a mensagem e conscientizar as pessoas de promessas falsas de emprego, carreira e melhores condições de vida oferecidas de forma enganosa para atrair a tantos inocentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...